Cultura do estupro e misoginia nas repúblicas estudantis da Universidade Federal de Ouro Preto.

Posted: 23 de Julho de 2014 by Duke de Vespa in Cotidiano
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Segue um relato estarrecedor sobre uma tentativa de estupro coletivo, ocorrido na República Marragolo, da UFOP:

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Nota de Denúncia e Repúdio à tentativa de estupro coletivo cometida por moradores da República Marragolo, da UFOP

O seguinte relato evidencia a tentativa de integrantes da República Marragolo, da Universidade Federal de Ouro Preto, de estuprar coletivamente uma companheira nossa, aproveitando-se para planejar o estupro diante do seu então estado de vulnerabilidade, e os relatos de amig@s que estavam no local corroboram as intenções e o plano de fazê-lo, que poderia ter se efetivado caso ela não tivesse amparo de amig@s que perceberam a intenção violenta dos moradores.

“Sou uma mulher, tenho 26 anos, sou feminista. Como tal, considero que a mulher é equivalente ao homem, é ser emancipado, é dona de si e do seu corpo, e não deve ser culpabilizada por nenhum ato ou ameaça que atente contra sua integridade física e moral.

“Ela estava pedindo”, “ela mereceu”, “ela não se deu o respeito”: existe uma cultura do estupro na sociedade. Estupro este, que pode ser consolidado ou anteceder a isso, ser legitimado em juízos e rodas de conversas misóginas.  A mulher é culpada do ponto de vista moral em praticamente todas as ocasiões, seja porque faz o que deseja ou porque se considera que ela está incitando outros a quererem.

Sou de São Paulo. Era feriado de Corpus Christi, viajei para Ouro Preto com um grupo de pessoas do cursinho no qual faço parte, e ficamos hospedados em uma famosa República masculina da cidade, a República Marragolo.

Houve uma festa na República, bebi, fiquei visivelmente alterada, passei mal, meus amigos estavam me ajudando. E entre risadinhas por uma roda de homens, foi ouvido: “Deixa que a gente põe ela na nossa cama e a gente cura lá”, segundo o relato de duas pessoas.  A seguir, uma parte do relato deles na íntegra, que foi enviado por email:

“Dois integrantes da república começaram a conversar do meu lado e percebi que eles estavam falando de você. Aí resolvi prestar atenção no que eles falavam, e um deles disse com essas palavras:

– Olha para **, ela está totalmente bêbada, tá muito fácil para a gente levar para cama e nos revezarmos e comer ela, você não acha cara?

– É mesmo, essa noite a gente se dá bem, em.

– Vamos tentar levar ela para o meu quarto para a gente se divertri com ela enquanto ela tá ”facinha”. Distrai os caras e tenta levar ela pra lá.

Nessa hora eu avisei minha namorada sobre o que eles queriam fazer. Aí nos levantamos e ficamos por perto impedindo eles de chegar perto de você enquanto os professores tentavam ajudar você a ir para o quarto dos professores.

Mas só que eles não desistiram e ficavam toda hora querendo ter uma oportunidade para te pegar, mas eu e a *** combinamos de ficar de olho em quem entrava no quarto, até que chegou um deles (integrante da república) e perguntou por que não colocavam você no quarto dele para deitar na cama em vez do colchonete no chão. Nessa hora a *** começou a discutir com ele, falando que eles não tinham caráter, porque queriam se aproveitar de você. Ela começou a xingá-lo e falou que eles não teriam essa ”sorte” que eles falavam que tinham por você estar bêbada.”

Sim, um estupro coletivo estava sendo planejado. Fico pensando quantas vezes isso não ocorreu com mulheres que ficaram bêbadas em festas na República, e se de fato não foi consolidado um estupro com alguma mulher, que talvez por vergonha de ter ficado bêbada, não os denunciaram.

Depois que deitei na cama, as pessoas que estavam comigo no quarto (que não tinha trinca) disseram que por três vezes a porta foi aberta, verificavam que tinha gente lá e fechavam a porta. Ou seja, a probabilidade deles estarem indo lá para consolidar o que estavam confabulando anteriormente.”

Esta nota tem o objetivo de expor esse caso de violência e os homens que o perpetraram, de dar voz à vítima e, assim, dar forças a todas as mulheres que são cotidianamente violentadas, assediadas e agredidas de diversas formas. Expor estupradores e misóginos em geral é um ato político, que demanda consciência, apoio e coragem de todas as mulheres, pois é por sermos mulheres que sofremos esse tipo de violência. Nós, mulheres, somos cotidiana e sistematicamente perseguidas, atacadas, objetificadas e socializadas para que homens tenham acesso aos nossos corpos violentamente, e isso se torna normalizado.

As linhas que configuram uma situação de violência contra a mulher ficam borradas, e as vítimas, silenciadas. Em muitos casos, a própria vítima não sabe que sofreu uma violência e se sente culpada e sem forças para denunciar o que sofreu.

Não há consentimento em situação de vulnerabilidade, e esses homens sabiam disso e fizeram de tudo para forçar o acesso ao corpo de uma mulher, estuprá-la, e se organizaram para isso.

Não podemos permitir que isso ocorra e que estupradores possam continuar a tentar violentar mulheres sem que nenhuma medida seja tomada, sem que sejam expostos e execrados por suas ações,  e vimos por meio desta nota repudiar quaisquer violências, sexual, psicológica ou quaisquer meios que os homens utilizem para coagir e submeter mulheres e deixamos claro que ESTUPRADORES NÃO PASSARÃO!

Contra toda forma de machismo e misoginia nos levantaremos e apoiaremos nossas companheiras!

Assinam a nota:

– Coletiva Feminista Radical Manas Chicas

– GARRa Feminista (Grupa Ação e Resistência Radical Feminista)

– Marcha Mundial das Mulheres – Núcleo USP

– Frente Feminista de São José dos Campos

– Frente Feminista da USP

– Feminismo Sem Demagogia

– Coletivo Feminista Lélia Gonzalez

– Coletivo Feminista Trepadeiras

– Coletivo Trans*a USP

– RUA – Juventude Anticapitalista

– Coletivo Pr’Além dos Muros

– Juntas

– Coletivo Feminista Maria Bonita

– Coletivo Feminista Comuhna

Comentários
  1. Lucas diz:

    segundo informacoes que apurei, a republica em questao esta ameaçando processar estudantes que compartilharem a noticia. censura na democracia!

  2. Eu fiquei sabendo disso, Lucas. Realmente é um absurdo a arrogância desses caras. Por isso, eu não só compartilhei como também publiquei em nosso blog. Essa playboyzada, filhinhos de fazendeiros de Ouro Preto, tem que aprender que a vida é mais do que seus currais, onde eles pintam e bordam impunemente.

    • Rafael diz:

      O ocorrido mostra que o machismo, infelizmente, ainda perpetua por nossa juventude. Mas sou obrigado a te perguntar: por que fez essa comparação em seu comentário? Pergunto-te isto não como forma de ofensa, mas porque é algo comum de ser visto em situações parecidas. Quem disse que os autores de tal plano de estupro eram playboys? Quem disse que são filhos de fazendeiros? E por que cargas d’água um estupro em uma festa entre universitários tem a ver com a condição financeira dos envolvidos? Acho esse tipo de comparação tão boba e ordinária como a daqueles que dizem que favelados são bandidos, pobres são mal educados, e por aí vai…

    • ouropretano diz:

      “Essa playboyzada, filhinhos de fazendeiros de Ouro Preto.”

      Só uma observação: esses caras NÃO são de Ouro Preto, são gente de toda Minas Gerais e também estados vizinhos que supostamente deveriam estar fazendo um curso superior, porém, dado o baixo nível das universidades brasileiras, podem encher a cara e infernizar a vida dos moradores locais todo o fim de semana.

      • Nativa diz:

        Opa!!! o que mais temos na universidade é gente de outros estados, e quem mora em república não é ouropretano. A vida aqui é dura pros nativos, que sofrem com perturbação do sossego 7 dias por semana, tem de aguentar estudante pelado correndo nas ruas, bebedeiras, falta de educação em filas, no transporte, e em todo lugar. Ouro Preto está sitiada por uma maioria burra e sem educação, que acha que pode tudo. Alguém viu alguma novidade nesse relato? Já sabemos que é hábito colocarem o famoso tesão de vaca na bebida das mulheres. Doido é o pai que deixa seus filhos estudarem nesse inferno.

    • Leandro Antônio diz:

      “Filhos de fazendeiros, playboyzada…..” isso é o seu melhor? você com certeza conhece bem todos os republicanos de Ouro Preto. aiaia, a unica coisa que posso fazer é rir destes comentários sem fundamentos desses ativista ultra mega revolucionários.

    • Belle diz:

      Preconceito seu achar que por ser interior de Minas esses merdinhas são “filhinhos de fazendeiros de OP”. População de OP é em maioria negra, pobre e a anos sofre com a baderna nos estudantes, quase 100% pessoas de fora, muitos de SP e RJ principalmente. Tem nada de curral aqui não, se não conhece fica caladinho, não se combate preconceito com preconceito, fica a dica.

      No resto vc está certo amigo. Abusos sexuais nas republicas só não vê quem não quer, mas sempre a mulher sai como a puta que se ofereceu e os caras como vítimas!

    • Pedro Rodrigues diz:

      Ola Duke de Vespa eu entendo sua indignação contra as republicas de ouro preto, eu moro aqui desde que eu nasci, muitos moradores vizinhos de republicas sofrem muito com essas republicas por causa das festas eu mesmo já presenciei uma confusão envolvendo moradores de Ouro Preto contra os moradores das republica, uma unica coisa que eu não concordo com você,ou talvez tenha entendido errado, é o fato de você falar que são “filhinhos de fazendeiros de Ouro Preto” os moradores de republicas em Ouro Preto são 100% de outras cidades.

    • Higor diz:

      Cara pelo visto você não conhece Ouro Preto e quem lá estuda…

    • roque fina diz:

      ei Duke, concordo e tambem estou compartilhando – mas nao diga ” filhinhos de fazendeiros de Ouro Preto” aqui nem tem fazendas, é uma cidade mineradora ok? são filhos de fazendeiros de “n” cidades do brasil, menos de Ouro Preto, ok? abraços e vamos a luta por mais esta violência.
      roque

  3. Cultura do estupro , homofobia e racismo é o combo da cultura das republicas federais em OP com o aval da UFOP , CUNE e Reitoria . Fui estudande da UFOP vivi nessa cidade e sei do que estou falando, muito lutei com meus amigos de universidade para que o critério de preenchimento das vagas em republicas federais fosse o critério sócio econômico, porém o critério é o trote violento, o que agrega pessoas de uma cultura violenta (machista , racista, misogena) pela seleção “natural”.

  4. Herbie diz:

    Ok, a existência de um comportamento misógino e delinquente é real e acontece, coisa que por caráter não deveria acontecer, porém houve exagero na descrição do fato e na vitimização da menina. Lembrem-se, feminismo é a vertente que luta e acredita na igualdade entre os gêneros e a convivência entre eles, compartilhando os mesmos direitos e exigindo-se os mesmos deveres. Configurar a situação como desrespeito também configura como desrespeito a atitude de mulheres que observando a alteração de estado de percepção masculina, principalmente aqueles que namoram ou são casados, e se insinuam ou mesmo agarram os mesmos. Já aconteceu e acontece sim, lógicamente com menor frequência. A diferença é que esta situação é invertida e o homem é sempre culpado por ter dado brechas para que acontecesse.
    Explanação de uma situação que é real.
    Este tipo de acontecimento, seja feito por homens ou por mulheres é de total desrespeito e deve ser combatido, o respeito pelo corpo humano deve vir seja do homem ou da mulher, é nisso que acredito para uma sociedade mais justa e igualitária. Combatemos o estupro, mas as mulheres também o fazem.

    • LASAG diz:

      Amigo, não fale uma asneira dessas! Por um acaso uma mulher pode obrigar um homem a ter ereção? Ainda q o álcool colabore, ainda q uma mulher force a barra se insinuando, ele não transa se não for opção dele. O álcool não muda as convicções de ninguém. No caso da mulher, ela não precisa estar excitada pra ter relações. A excitação traz lubrificação, mas não impede q um animal force a penetração. Ela nem precisa estar acordada. Enfim, uma mulher não estupra um homem. Ou ele está afim, excitado, ou não. Se ele não quiser, nada vai rolar. Ele sempre terá o poder de decidir se quer. Mas uma mulher, em condições ou não d decidir se quer ter uma relação com alguém, em sempre na posição frágil de sofrer um investida, penetração, forçada, enfim, de ser estuprada. HOMENS ESTUPRADOS: SÓ RINDO!!!

      • Furbie diz:

        Já ouviu falar em viagra?
        E lembrando, homens também podem ser penetrados.

      • Furbie diz:

        Concordo que o comentário mais acima foi forçado, mas falar que homem não pode ser estrupado é tão errado quando. E se você acha que mulheres não falam por vergonha, imagina um homem?

        Se você acha isso engraçado, bem sinto pena da sua pessoa.

      • Felipe diz:

        Oh god… Furbie, dxa de ser otário… Como um homem que já foi estuprado (sim, já fui forçado por outro homem), entendo a luta do feminismo contra o estupro, pois os casos de estupro feminino são absurdamente maiores do que os de masculino. Então vamos deixar de ser idiota? Na maioria esmagadora das vezes são homens quem estupram, sejam mulheres ou outros homens. Tanto que vira até noticia de sites tipo “mundo bizarro” da vida quando uma mulher força um homem a fazer sexo, de tão incomum que é… Logo, é uma atitude criminosa de prevalência MASCULINA…

  5. Pedro Felipe diz:

    Rapaz que não conhece a realidade de Ouro Preto tem muita prioridade para opinar mesmo.

  6. Protesto diz:

    Não há mal algum em manifestar seu repúdio, mas há que se ter cuidado ao direciona-lo a todas as repúblicas estudantis da UFOP.
    Não coloquei meu nome pois o que interessa é a opinião e a discussão, e espero que vocês não se fechem ao diálogo.
    Mas ao ler o título da matéria fiquei realmente assustad@, e me perguntando se eu vivo e estudo nessa mesma cidade.
    Não conheço nenhum morador da república Marragolo, mas devo lembrar-lhes que em qualquer lugar do mundo existem pessoas bem e más intencionadas, e que não é por um episódio que vocês vivenciaram em Ouro preto que aqui existe uma “cultura do estúpro”.
    Por favor saibam separar o radicalismo do qual se orgulham em seus relatos(o que é aceitavel), de uma generalização caluniosa sobre uma cidade e uma instituição por inteiro.
    E respeitem as repúblicas estudantis, bem como seus moradores, a cidade de Ouro Preto e a instituição Universidade Federal de Ouro Preto. Que como um todo, nada têm a ver com sua denuncia contra (conforme entendi do texto) dois republicanos.

    • Bia diz:

      Não posso concordar mais com o que está escrito aí em cima, moro em república em Ouro Preto e não sou inocente a dizer que as pessoas não são machistas ou racistas pois já vivi situações em ambos os casos, entretanto não se pode generalizar as republicas estudantis, pois inicialmente estás podem ser particulares ou federais e sendo assim respondem a UFOP de maneira diferente, e nem se pode generalizar a atitude de alguns republicanos por todas as republicas federais. Adendo o fato de que os problemas que os moradores de OP tem com os republicanos são em maioria de convivência e sim, a maioria dos que moram em República em OP são de outros estados ou cidades, eu mesmo sou de SP frequentadora aliás da Fatec SP por ter estudado na ETESP… Mas o que não impede de eu ainda dizer, que os playboys de república ou de apartamento, ou os moradores de OP são sim de extremo machismo e acho o ato de repúdio válido respeitando a não generalização.

  7. FABRICIO FERNANDES diz:

    Acho que isso é mentira.

    • Lucas Freitas diz:

      A República não está ameaçando quem publica isso. Ou seja, é mais uma mentira sendo espalhada nesses tempos de liberdade total nas redes.
      A pergunta que fica: cadê a apuração pelas autoridades competentes?
      Acusar sem provas é coisa de gente CALHORDA!

  8. Pedro diz:

    Mano, não aconteceu nada, tenho certeza que isso aí é tudo drama dessas feminazis escrotas.

    Vão fazer o bigode suas sapatas desocupadas

  9. Isso acontece não só em Ouro Preto, mas em outros centros estudantis também. As pessoas precisam estar conscientes de que devem cuidar de si, manter sempre sua integridade física e mental, e que utilizar drogas e beber para ‘curtir’ provavelmente não vai lhes trazer benefícios…Isso serve não só para meninas, mas para meninos também. Vivi em Ouro Preto, estudei Artes Cênicas, conheci muitas pessoas e histórias. Tenho orgulho de não ter bebido e nem usado drogas e de ter preservado minha identidade e integridade.
    A UFOP e as pessoas que estiveram em minha vida foram essenciais em minha formação pessoal, e eu agradeço à Deus por cada dia.
    Sou professora de Artes, trabalho também com alunos de Ensino Médio e sempre digo aos meus alunos que tão importante quanto estarem preparados para o vestibular, é necessário estar preparado para a vida universitária, que tem tantos desafios!
    Não se deixem levar pela ilusão das festas, do álcool, das drogas, das paixões, tudo passa! Busquem sempre a construção do conhecimento, a construção do indivíduo em prol do coletivo. Caiam fora das armadilhas, cuidem uns dos outros, sejam justos, honestos. Vale a pena!
    Um abraço aos estudantes!

    Ana Hubli

  10. Morador diz:

    Caro Duke de Vespa,

    Vamos colocar algumas coisas a titulo de informação, pois pela denuncia e seu comentário ficou claro que não é da cidade ou conhece pouco a realidade:

    – sobre o comentário “Essa playboyzada, filhinhos de fazendeiros de Ouro Preto”, temos que informar que em primeiro lugar não temos muitos “fazendeiros”por aqui (se é que temos algum), não somos uma região com predominância de fazendas. E em segundo, a grande maioria dos moradores de republicas (99%) não são de Ouro Preto, e por isso moram em republicas. Então, cuidado com os rótulos;

    – Ainda sobre os rótulos, temos que tomar cuidado com as generalizações. Em primeiro lugar, não duvido do relato, pelo contrario. Em 2001, um grupo em que eu estava passamos por situação bem semelhante, e saímos o quanto antes de dentro da republica (que por sinal, próxima a esta onde os fatos aconteceram). Acho que tem que denunciar mesmo e espero que, ao invés dessa e de outras republicas irem contra, deveriam aproveitar a situação e colocar a questão em discussão.
    No entanto, gostaria de colocar que essa “cultura do estupro”, é um problema no nosso país, ainda predominantemente machista, e não pode ser colocada como geral da cidade. Moro em OP desde 2001, e frequentei diversas republicas e te garanto que essa situação não é regra, e sim exceção. Existem problemas sérios de convívio entre a comunidade local e os estudantes, com relação as festanças sem limites, mas não acredito que essa cultura do estupro seja tão comum.

    Espero mesmo que as republicas, estudantes e a própria UFOP, ao invés de combaterem a denuncia, parem para repensar a relação entre esses dois mundos, o estudantil e o da comunidade local, a questão do machismo ( isso sim, muito comum nas republicas), e essa questão seríssima do respeito à mulher e às pessoas em geral.

    É isso.

  11. Camila diz:

    é facil dizer vamos tratar este questão em igual homem e mulher. “Este tipo de acontecimento, seja feito por homens ou por mulheres é de total desrespeito e deve ser combatido, o respeito pelo corpo humano deve vir seja do homem ou da mulher, é nisso que acredito para uma sociedade mais justa e igualitária. Combatemos o estupro, mas as mulheres também o fazem.” Porém, acredito nos dados e por ser mulher estamos falando de uma historia longa de séculos de DIFERENÇA, em que a mulher passar por este universo de estupro e constantemente é vista como a culpada. Machismo- Todo mundo sofre seja vc homem ou eu mulher todos, porém em vista dos acontecimentos e digo aqui mundiais, na boa estamos falando de sociedades que colocam o Homem como o provedor, protetor e o que detêm o poder sobre o Estado e a “família” e mulher que nasceu da costela de ADÃO.rs Enfim só alguns coisas p se pensar ai.

    • Ricardo diz:

      Acho que a maioria tem razão em publicar essa ação , mas acho estranho que o ocorrido só veio a tona agora, porquê não fizeram o BO e prenderam os suspeitos, muito estranho, mas se houve mesmo tal fato é melhor ter uma investigação mais severa .
      No mais o povo de Ouro Preto não tem nada haver com isso pois a maioria das repúblicas de Ouro Preto são de estudantes de outras cidades e estados.

  12. Luna diz:

    A mania do vamos “protestar contra tudo e todos”, deu voz a quem não sabe do que está falando. Generalizações, meu caro amigo, são sempre burras. Esse artigo trata o assunto de forma rasa e leviana. Os comentários de Protesto e da Prof. Ana levantaram questões importantíssimas.

    Aprendi em casa, que não devemos nos colocar em situações de risco. Vamos aproveitar e falar disso aqui no seu artigo também? Do excesso da juventude, que consome álcool e drogas de fazer inveja em woodstock? Que quando longe de seu círculo social, querem “aproveitar” como se fosse o último dia de vida? Vamos pontuar mais as questões. A cultura do excesso que assola a juventude, universitária ou não, essa sim merece ser discutida. A juventude irresponsável mostra sua faceta mais feroz, mais brutal e arcaica. Isso em uma república, em uma boate ou na festinha de seus amigos do seu cursinho.

    Caso o relato aqui tenha sido real, nada justificaria que a garota sofresse qualquer tipo de violência. Mas se sofreu, que não fique calada. Que como militante de um movimento em busca de voz e expressão, não se cale. Mas que use sua voz, de forma responsável. Que denuncie os culpados (e há vias legais pra isso), mas não faça um rateio da culpa entre todos os estudantes do mundo. Porque isso não é um problema dos Republicanos, ou de Ouro Preto. Isso meu caro, é um problema da sociedade, machista sim. Gente misógina tem aí, na esquina da sua casa. Na sua sala. Muito provavelmente mais perto do que você pensa.

    • Luna, muito obrigado por participar daqui do blog. Acho que é necessário esclarecer alguns pontos. E farei isso a partir dos questionamentos levantados no seu comentário. Vamos lá:

      1º Eu não generalizei e nem escrevi um artigo que “trata o assunto de forma rasa e leviana”. Apenas reproduzi a “Nota de Denuncia e Repúdio” assinada por vários coletivos feministas, juntamente com o relato da vítima. Achei que a reprodução num blog era mais efetiva do que diversos compartilhamentos no Facebook. E pela repercussão deste post, creio que é mesmo.

      2º Sobre meu comentário acima, talvez eu tenha me expressado mal, mas chamei de “playboyzada” e “filhinhos de fazendeiros”, os moradores da república Marragolo, que ameaçaram aqueles que ousassem reproduzir essa nota. Ou seja, como se não bastasse a denúncia da tentativa de estupro coletivo (que de fato precisa ser apurada pela polícia), estão tentando censurar estudantes e internautas? Desculpe, mas isso é coisa de filhinho de papai mimado sim senhora. Quem banca a farra desses moleques? Aliás, ser estudante universitário de uma instituição pública de ensino superior no Brasil, é por si só um grande privilégio. Não é nenhum mistério que a maior parte dos alunos de universidades públicas brasileiras é oriunda da classe média e alta.

      3º Concordo com você quando denuncia “a cultura do excesso que assola a juventude, universitária ou não”. Acredito que esse tema precisa ser discutido e enfrentado, principalmente nas universidades. No entanto, não devemos responsabilizar à cultura do excesso, ou até mesmo a menina que estava embriagada, por uma tentativa de estupro coletivo. Quem participou desse ato, se de fato ele aconteceu (e eu não duvido nem um pouco que tenha acontecido), deve ser responsabilizado individualmente. Isso é coisa de gente que não tem caráter. Discussões sociológicas a parte, o fato é que estamos diante de uma denuncia de um crime.

      4º Percebi que muita gente ficou extremamente incomodada com esse post. Parece que gostam de jogar a sujeira para debaixo do tapete. A denúncia da vítima ao invés de ser aplaudida (e apurada), foi atacada e criminalizada. Isso é sintomático. Já estive em Ouro Preto algumas vezes e conheci o famigerado sistema de batalhas das repúblicas. Só em 2012 morreram dois alunos por causa desses trotes. Realmente é ridículo e pouco digno da cultura universitária, expor pessoas a situações humilhantes e vexatórias. No ano passado, estranhei quando vi uma garota recém ingressada na UFOP, andando com uma placa com dizeres humilhantes pendurada no pescoço, por lugares públicos de Ouro Preto. Um amigo me contou que isso era o sistema de batalha: Os ingressantes, para serem aceitos numa república (FEDERAL ou particular) precisam atravessar uma jornada de humilhações, que pode se estender por até seis meses. Se o bicho não se adequar aos barbarismos, ele está fora da república. Independente de ele ter condições para pagar uma moradia ou não. O que vale, é a destreza e a capacidade individual de se adaptar à imbecilidade. E tudo isso com a anuência da UFOP. Com uma atmosfera cultural dessas, como duvidar do relato de uma tentativa de estupro?

      • Ouropretano diz:

        Pelo seu quarto comentário dá pra ver que você não conhece muito Ouro Preto, deve ter passado uma ou duas vezes por aqui, fez rock com a galera foi servido pelos Calouros e depois foi embora e ta metendo o Pau no “Sistema opressor”. Duas mortes assolaram com muita tristeza as republicas de Ouro Preto em 2012, mas essas mortes foram por causa de alcoolismo ou por causa do sistema vigente nas repúblicas? Você pode dizer q foi pelo sistema e eu vou te dizer q foi pelo alcoolismo e vamos ficar aqui o resto do dia citando exemplos e contraexemplos, mas não é sobre isso que eu quero expor as minhas ideias. De 2012 pra cá muitas mudanças foram feitas nas repúblicas Federais como por exemplo um maior controle da PRACE (Órgão de assistência estudantil da UFOP) sobre as repúblicas. Acabaram os trotes (Fantasia, placas, cabelo, desde 2009) e a ultima resolução do CUNI que saiu no fim de 2013 modificou totalmente o sistema de Batalha de Vaga, pesquisa um pouco antes de ficar falando essas asneiras. Você cita “uma placa com dizeres humilhantes pendurada no pescoço” geralmente quem usa placa são as repúblicas femininas de uma forma de identificar a caloura ou nova moradora da república, pois vc chega em um lugar desconhecido e as pessoas tendem a te apresentar para o lugar novo e o que fica escrito nessas placas, são nome da pessoa (as vezes apelido) e o nome da república nada demais. A única coisa que o CUNI e a Prace não tirou das repúblicas federais, foi o modo de escolha dos moradores. Hoje para ser escolhido em uma Rep. Federal, vc tem que mostrar interesse em morar no lugar e esse interesse se baseia na observação dos atuais moradores em relação aos calouros. Interesse que muitas vezes é em cuidar da casa, organiza-lá e manter o patrimônio publico, pois não recebemos nenhum capital da universidade para cuidarmos do prédio que pertence a ela, tudo vem de festas, carnaval etc. Jornada humilhante que vc tanto enfatiza é fazer um café, cortar uma grama, ajudar a cimentar algo, pintar alguma coisa, organizar ferramentas, dar boas ideias em que poderia melhorar a republica, conhecer a historia da republica, conhecer os ex-alunos e moradores e pelo menos na minha república, obrigamos os calouros a estudar. Nossa que Humilhação! Não quer, vai pro alojamento que a ufop paga tudo, ou aluga um apartamento que o dono é obrigado a reformar!

  13. Vôkiko diz:

    ”Filhinhos de fazendeiros de Ouro Preto” já é demais… Comentário lixo!

    Moro em Ouro Preto já faz um tempo, estudo na Universidade e já convivo com moradores e moradoras de repúblicas estudantis, sejam elas Federais ou Particulares. Acho que essa matéria ou artigo é repugnante demais, muita asneira falada nisto.

    Vamos aos fatos: Sabe que é uma cidade histórica e estudantil, sabe-se também do historial da cidade perante aos alunos, sabe sobre os desencadear dos ”rocks” e agora quer pagar de santinha do pau oco depois de ver um depoimento de uma mulher que encheu a cara num rock desses?! Ah, me poupe disto.

    Aqui ou em qualquer outro lugar aconteceria isso, já vem da cultura do povo que tem cabeças negativas(Lamentável essa parte mas, é a verdade!).

    Sei que também, ninguém é santo, e atitudes de alguns moradores tem que se levar em questão as bebidas consumidas e estado de loucura da pessoa. Como se é de costume em OP, é bem simples você perguntar para algum morador de qualquer república se ele se lembra de 30% do que fez no rock passado. É uma Vida cotidiana de estudante, seja aqui em Ouro Preto, seja em SP(em principal, USP que o diga), no RJ, em qualquer lugar.

    E por este artigo comentado, que parece ter um caráter totalmente feminista, aposto que se fosse numa república feminina, ocorrendo de um rapaz totalmente embriagado sem condições de andar, as moradoras ou afins expor este ao ridículo ou para outros fins.

    Bom, sendo assim, vou ouvir vários comentários contras mas verei um e outro concordando.

    Até breve e vamô tomar um lavrado de cachaça pra espantar o mal olhado!

    • tchu diz:

      Ninguém tá interessado no que você “aposta”. Isso não é argumentação. A garota vítima da tentativa de estupro não tem culpa alguma do que outras garotas fazem, fizeram, farão ou fariam numa situação inversa.

  14. ouropretano diz:

    Eu como estudante da UFOP concordo da gravidade da situação e acho que tudo tem que ser apurado, tanto a denúncia como a falsa denúncia se ela existir porque todos que moramos em Ouro Preto sabemos como dá ibope que falar mal de república, pela polícia, ministério público seja o que for. Mas deixando um pouco o extremismo de lado e pensar no cotidiano, o consumo de álcool e drogas pela juventude é algo extrapola qualquer média em qualquer período do tempo não só em uma cidade universitária, sabemos que em festas universitária esse mal tb aflige as pessoas que vem de fora e as pessoas que moram aqui. Mas muitas vezes acontece de duas pessoas com algum grau de alcoolismo ou de drogas “ficarem” durante uma fazerem sexo, isso é normal certo? Mas e aí? Amigos de ambas as partes podem ver uma tentativa de abuso, onde não tem, e fazer o escarcéu. O que eu estou tentando dizer é que muitas vezes as coisas acontecem de um jeito e pessoas falam que aconteceu de outro. O fato de uma pessoa estar bêbada não te dá o direito de abusar de ninguém e você é responsável por suas ações, se transou com alguém no rock quando estava bêbado vc é responsável por isso e não venha jogar a culpa nos outros. E outra coisa e não menos importante, Ouro Preto é uma cidade universitária as portas estão sempre abertas pra estudantes e tem gente de fora q chega aqui, apronta poucas e boas e depois fica enchendo o raio do saco na Internet.

  15. UFOP diz:

    Essa matéria é a mais ridícula que já li em toda minha vida. A pessoa que a escreveu, por acaso veio aqui? Visitou, entrevistou e colheu o ponto de vista dos moradores da República Marragolo? Boto minha mão no fogo como não fez isso. Filhos de fazendeiros de Ouro Preto? Tá de brincadeira comigo? As pessoas que moram nas repúblicas estudantis são exatamente as que vem de fora da cidade e até de fora do estado e não têm condições financeiras de morar em um lugar particular e se manter na cidade para estudar. Aconselho-lhes a ler a carta de manifestação escrita pelos moradores da república e entender o que aconteceu pela visão deles. É muito facil eu chegar aqui e chamar vocês de playboyzinhos de São Paulo, e dizer que vocês não sabem de nada. Mas ao contrário de vocês, eu tenho senso crítico e penso antes de falar, escrever e publicar algo. Creio que vocês estudaram 5 anos numa faculdade de jornalismo para aprender a ter isso. Creio que foi desperdiçado.

  16. Felipe Diamantino diz:

    mimimi!!!
    Sou de Ouro Preto, republicano, conheço os caras e DUVIDO que aconteceu desta maneira.

    Se rolou isso, pq não foi na delegacia prestar queixa, igual faria em qualquer outro lugar?
    Cade os nomes, cade as testemunhas?!?!?
    Isso é papo dos anti-republicanos de Ouro Preto, todos viciados em criticar toda e qualquer ação partida de uma república (qualquer que seja), o sistema republicano e toda sua história e tradição (claro que tem suas falhas, mas muitíssimos mais pontos positivos).
    Se tem isso mesmo, que vá a delegacia!!!

    Postar isso no grupo da ufop foi o mesmo que postar “compartilhe que o face vai doar 10 centavos”.

    Fala sério!!!
    História falsa, inventada, compartilhada… e ainda publicada!!! FALA SÉRIO!!!

    Sai fora!!!

  17. Tiago diz:

    Antes de mais nada…
    Foi feito BO?
    Se foi qual o número do protoloco? Pois se não tem BO para mim vira é fofoca, já que não podem provar.
    Se não fez BO gravaram a imagem ou a voz dos acusados? Se também não o fez, ainda mais nesta época de tamanha modernidade, continuo achando que é fofoca.
    Sei que tem muito palhaço nessas republicas de Ouro Preto e sei que isso acontece… mas sei também que tem muita palhaça feminista que curte acusar sem provas.
    Então como não tem a versão da república tem que ter BO ou gravação… sem isso é só mais uma palhaçada da internet.
    Abraço

  18. NOTA DE ESCLARECIMENTOS DOS MORADORES DA REPÚBLICA MARRAGOLO – OURO PRETO/MG

    Nos últimos dias estamos vendo ser compartilhada nas redes sociais uma carta sem identificação de autoria, relatando caluniosamente que alguns dos moradores da república Marragolo teriam tentado praticar ato tipificado como crime previsto no artigo 213 do Código Penal.
    Inicialmente é importante esclarecer que os fatos narrados não são de conhecimento de nenhum dos moradores e podemos afirmar que nenhum destes moradores ou ex alunos que estavam presentes praticariam tais atos.
    Durante o período em que a excursão ficou hospedada na república não recebemos nenhuma reclamação ou mesmo houve qualquer conversa da qual algum dos moradores tenha participado sobre a embriaguez de nenhum dos hóspedes. Pelo contrário, todos os hóspedes da excursão interagiram bem com os moradores da república e quando foram embora disseram que voltariam. É de se estranhar que a suposta vítima não tenha realizado nenhuma reclamação naqueles dias ou mesmo não tenha solicitado a presença de policiais para relatar um fato objeto da narrativa apócrifa.
    É de se ressaltar que além do texto não narrar fatos verídicos, sequer aponta quais os supostos agressores, muito menos identifica quem é a vítima e suas testemunhas, portanto a credibilidade já estaria comprometida, não bastasse isso, temos também que a pessoa sujeita a este tipo de violência e possuindo amigos como testemunhas, certamente procuraria as autoridades para adoção das providências cabíveis.
    Importante ressaltar também que os moradores da república Marragolo repudiam totalmente qualquer tipo de violência contra as mulheres ou contra qualquer pessoa, zelamos pela boa convivência e não queremos ver nosso nome envolvido com este tipo de comportamento.
    Desta forma, reiteramos que nenhum dos moradores da República Marragolo praticaram nenhum dos atos narrados nesta mensagem, sendo que a produção desta carta é conduta típica do crime de Calúnia prevista no artigo 138 do Código Penal, pois se atribui aos moradores de forma geral a prática (na forma tentada) do crime de estupro. Não obstante, quem compartilha esta mensagem além de também estar praticando o crime de Calúnia, também está incorrendo no crime de Difamação previsto no artigo 139 também do Código Penal.
    Informamos que já acionamos um advogado e estamos copiando todo o material compartilhado, bem como identificando seus autores e compartilhadores para a adoção das medidas cabíveis, uma vez que os moradores da república são inocentes das graves acusações que estão sendo feitas.
    Além da aplicação das sanções criminais pela prática de calúnia e difamação, certo é que estes fatos inverídicos denigrem a imagem não só dos moradores, mas também da república enquanto entidade de assistência estudantil, passando uma imagem depreciativa, o que incorrerá também na reparação de danos de natureza cível. Não havendo mais assuntos a tratar, colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos.

    Ouro Preto, 19 de julho de 2014.

    Moradores da República Marragolo.

  19. Ouropretana indignada diz:

    Quanta asneira.

    Sou ouropretana e conheço a vida em república. Sempre convivi com estudantes e tenho certeza que 99% dessa denúncia é fantasia da cabeça de gente que adora se autopromover.

    Não conheço nenhum morador da Marragolo, mas conheço muitos estudantes e frequento duas republicas: uma particular e uma federal e NUNCA presenciei nada neste nível.

    Infelizmente existem pessoas que acham que podem denegrir a imagem de uma Universidade e seus estudantes e uma cidade inteira alegando inverdades que poderiam ter sido resolvidas na hora, com a chamada da polícia.

    Porque os professores não fizeram nada? Onde eles estavam que se calaram?

    Ahhhhhh…. fala sério…… parem com essa história de que os estudantes são os culpados de tudo que acontece na cidade.

    Se não fosse a UFOP, muitos ouropretanos estariam desempregados. Os estudantes (queiram os ouropretanos ou não) movimentam dinheiro na cidade. Eles são boas pessoas e são de fácil convivência. É claro que existem exceções, mas não são a regra.

    E antes que digam que defendo os estudantes, aviso já: Não sou nenhuma adolescente. Nasci, cresci estudei, vivo e trabalho em Ouro Preto, Agradeço a convivência com os estudantes.

    Moradores da Marragolo, não conheço vocês mas acredito que não foi o que aconteceu. Vocês tem meu apoio.

  20. Marcelo diz:

    Infelizmente isso é algo que acontece entre os seres humanos desde que o mundo é mundo. Como denunciar isso? Não sei mesmo. Pois o mundo machista faz com que muitas se envergonhem de denunciar e preferem lidar com isso sozinhas em suas vidas. De todo modo acho que as mulheres, sabendo disso, devem tomar mais cuidados. Não venham me encher de críticas, mas isso é verdade, tomar cuidado é importante em todas as esferas da vida, pois se elas sabem que isso é algo que pode acontecer e se a mulher tbem sabe que não terá coragem de denunciar, com medo de ir em frente e brigar pelos seus direitos, então tomem cuidado e pensem mais.
    Tenho 3 irmãs e já até tivemos casos sérios sobre situações com amigas delas etc, e o que sempre tentei foi educá-las e explicar as verdades do mundo cruel que vivemos. O que não pode é querer ser feminista ao extremo, querer dar uma de que : eu faço!, eu posso! … e no final viver como um herói morto.
    Para as feministas mais radicais, sem dúvida vcs tem a cabeça mais no lugar e sabem se impor, etc. Mas muitas, talvez a maioria, não são como elas, por isso, devem ter muito cuidado.

  21. Guilherme diz:

    O que eu acho incoerente, não é se a notícia é verdadeira ou falsa – acho que só as partes envolvidas terão essa resposta, ao certo. E não acho que nos cabe definir o que é verdade ou mentira. Mas existe algo tangente nesse relato que se tornou um grande erro que acaba por dar vantagem ao lado da república em questão. Se não chamaram a polícia, se não fizeram BO, se não prestaram queixa, que solução querem propor publicando um texto de acusação na internet? Independente do que aconteceu, solução a gente faz, procura, não se discute, principalmente sem provas. Um texto como esse não ajuda, só atrapalha. Se isso ocorreu mesmo, é ainda mais grave, porque nenhuma queixa foi dada e quem sairá de vítima serão os supostos ‘estupradores’. Se não ocorreu, ou a denúncia foi pouco pensada antes de uma publicação séria como essa, aí é um processo judicial na certa. Estamos na era em que as redes sociais servem como uma janela para a denúncia de inúmeros casos. Mas quando se resume apenas à denuncia de casos pela internet, não se está fazendo nada além de bradar ao mundo uma defesa de opinião pessoal. A verdadeira batalha se ganha na luta, não só no discurso.

  22. sotero diz:

    historia inventada,acusação sem provas ,se realmente ocorreu o fato,por que não foi feito o BO.Aproveitaram uma situação para meter o pau na republica e generalizar o caso,como se acontecesse somente nas republicas de ouro preto.Plaiboizada e filhos de fazendeiros de ouro preto,o sr . esta´muito mal informado a respeito de ouro preto,das repúblicas, da ufop e do povo ouropretano,que sabe muito bem o que acontece em épocas de festas nas repúblicas e não apóia nem nunca apoiará atos de preconceitos,racismos,machismos ou qualquer tipo de atos que venham a ferir os princípios de respeito e apreços adignidade humana.

  23. Carlos Henrique diz:

    Cada um puxando a sardinha pro seu lado, sendo que é muito difícil de alguém que não estava presente no ocorrido fazer um julgamento desses! O fato é que hoje qualquer república de estudantes é assim… A moradia universitária da UFMG aqui em BH antigamente se separavam os prédios por sexo, hoje nem isso mais. Os próprios alunos administram o local que tem festa de segunda a segunda. Quem quiser conferir é só ficar parado lá na Av. Fleming olhando os estudantes passarem com os carrinhos do EPA lotados de cerveja (e os carrinhos do supermercado já ficam dentro do condomínio pra facilitar, e o EPA não reclama já que os estudantes são os melhores clientes). E mesmo havendo vários alunos e alunas na faixa dos 17 anos (ou seja, menores de idade), entrar com bebidas e organizar festas de cunho sexual, inclusive com competições do tipo “a menina que for com a saia mais curta ganha isso”, “a menina que dançar mostrando mais o corpo ganha aquilo” é normal. E isso são relatos de um amigo o qual eu sempre visitava na república uns 2 anos atrás. Nem quero imaginar como está agora.

    E nas oportunidades que tive de ir nas repúblicas de Ouro Preto, minha impressão como visitante foi ótima (do ponto de vista de um visitante homem que está só pra curtir) sendo que visitei somente no carnaval, então não posso falar muito das outras épocas, mas se as festas do final de semana forem 10% do que são as repúblicas no carnaval eu tenho dó dos moradores.

    Muitos do meu grupo de amigos são menores de idade, e não tiveram nenhum problema com a reserva de “hospedagem” nas repúblicas, mesmo com aquela proibição do governo federal que os estudantes não podem alugar quarto de um lugar que pertence ao governo, mas se não vão lá fiscalizar isso, muito menos vão fiscalizar se estão acontecendo estupros nas festas ou até se estão oferecendo bebidas a menores (ouvi falar que o juizado de menores de Ouro Preto tem 2 funcionários, que ao inves de fiscalizar ficam em serviços burocráticos como alvarás de festas).

    E o que eu vi, pelo menos no carnaval, é uma bebedeira sem limites, de moças e rapazes. Não vou crucificar ninguém, mesmo não sendo admissível justificar um estupro com bebida, acho que se elas estão num meio de desconhecidos deviam beber com um pouco mais de controle, pq se um cara quiser te proteger ele vai apanhar dos outros que querem “cuidar de vc”, já vi isso acontecer. E os caras por outro lado, deviam cair na real que se as sóbrias não gostam de vc, vai procurar mulher no puteiro e não estuprar as que estão “fáceis”. Mas o que eu disse acima que é o grande problema, vc pode ter consciência, mas sempre tem um retardado que quer se dar bem, não importa como.

  24. Matheus Borgia diz:

    Oq ela foi caçar em uma república MASCULINA?

  25. crislâine diz:

    Realmente Ouro Preto é um lugar singular. Morei lá por 5 anos e morei em República. Não duvido que isso possa ter ocorrido, não por ser uma república masculina nesta cidade em especial, mas pela situação de abuso de álcool e drogas que cada vez mais permeia as festas estudantis. Isso não é geográfico, é cultural. Acontece com estudantes da UFOP, UFMG, UFRJ, USP e muitas universidades brasileiras e é preocupante… Fizeram muito bem em trazer o caso á tona, não podemos concordar com essa cultura machista e essa prática horrorosa do estupro. Penso que deveriam ter levado o caso à polícia, deveriam ter feito uma denúncia e até movido alguma ação contra a República e os moradores envolvidos. Sei que a Justiça em nosso país é lenta, mas é o instrumento que temos. Para mudarmos isso temos que lutar mais pelos direitos femininos, quem sabe, com leis rigorosas de combate ao estupro. Pensem nisso para as próximas eleições, tem algum candidato(a) que defende essas ideias? Nunca vi, por que será?

  26. Mas como isso acontece lá e ninguem reage? Ficar só no debate não resolve. Pelo contrário. Aqueles que se acham no direito de serem violentos contra as mulheres, se revestidos de uma capa de ” fragilidade social”, terão mais estímulos para tal. Digo isso pois lá na USP aconteceu algo parecido.

  27. Manoel Oliveira diz:

    A quem defenda esse tipo de ato, culpando a vítima por estar bêbada! Ou de feminista sem causa… Fala sério!!

  28. mineira diz:

    Não creio q estupros nessas circunstâncias seja improvável, mas achei esse relato bem fraco, coisa de quem não conhece ouro preto. Não houve nem tentativa.
    Do mesmo modo, acho sim q OP tem mt estudante playboy arruaceiro, ms tem mt estudante guerreiro e responsável e q só deixa $ na cidade, movimentando a economia.
    Por fim, pai que não deixa a filha ir p OP estudar ė um cagão, pois não confia na educação q deu p filha. Me tornei uma super mulher em OP, nunca me droguei, nem fiz nada errado. Então, parem com generalizações.

  29. revoltada diz:

    As fanfic estão cada vez mais elaboradas…
    B.o., investigação policial… Pra que neh se tem acusação, condenação e linchamento tudo online e ao mesmo tempo?

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